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Presidenta da COE participa da II FECULEMA e reforça: “O antirracismo não é diferencial de psicólogas negras, mas deve ser compromisso ético de toda a categoria”

O Conselho Regional de Psicologia do Maranhão esteve presente na II Feira Cultural e Étnico-Racial Maranhense (FECULEMA) realizada entre os dias 4 e 5 de novembro, em São Luís. A iniciativa, promovida pelo Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), teve como objetivo estimular o intercâmbio técnico, científico e cultural entre as instituições de ensino do Estado.

Nesta segunda edição, o evento trouxe o tema “Difusão Científica para Relações Étnico-Raciais: Desafios para uma Escola Antirracista”, reunindo estudantes, educadores, psicólogas(os) e profissionais de diferentes áreas, evidenciando a importância da interdisciplinaridade para o fortalecimento das práticas antirracistas.

A autarquia foi representada pela presidenta da Comissão de Ética, a psicóloga Loyane Ellen Silva Gomes (CRP 22/03943), que participou do painel “Entre Corpos, Territórios e Afetos: A Psicologia Social na Saúde Mental da População Negra”, mediado por Karina Muniz Vanessa Fonseca Muniz, Psicóloga (CRP22/0334) e Coordenadora socioemocional do IEMA, com a participação da psicóloga Yanny Santos Santana (CRP 22/03035).

O debate abordou a importância de reconhecer as dimensões étnico-raciais na saúde mental e o papel ético e político da Psicologia no enfrentamento ao racismo.

Para Loyane Gomes, a Psicologia deve estar comprometida com uma escuta cuidadosa, capaz de compreender as experiências de racismo vividas pela população negra, destacando a necessidade de letramento racial.“A Psicologia não pode ocupar um lugar paliativo nem de controle. É preciso escutar com cuidado, daí a importância de a psicóloga ter letramento racial para compreender o que está sendo trazido, e assim atuar estimulando a capacidade de resposta dos indivíduos, fortalecendo, além disso, a potência desses sujeitos. O antirracismo não é um diferencial de psicólogas negras, mas deve ser um compromisso ético de toda a categoria”, enfatizou.

O painel também discutiu a necessidade de letramento racial na formação e na prática profissional das psicólogas e dos psicólogos, de modo que o exercício da Psicologia seja orientado não pela branquitude, mas pelo compromisso com a população negra e pela promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.“Acho que o lugar do Conselho está nesse espaço de rememorar os nossos princípios, para que possamos nos ancorar no nosso fazer, nos dispositivos éticos que temos”, afirmou.

O Conselho Regional de Psicologia do Maranhão cumpre um papel essencial na orientação e fiscalização do exercício profissional, reafirmando constantemente os princípios éticos que sustentam a Psicologia. Nesse sentido, tem buscado fortalecer boas práticas e promover reflexões que auxiliem psicólogas(os) a atuarem no enfrentamento ao racismo.

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